Tudo começou no dia 12 de março
de 2014, altura em que eu decidira alterar alguns padrões na minha vida e ao
mesmo tempo na minha cozinha e na minha relação com os alimentos.
E se por um lado estamos a cada
dia que passa mais informados sobre os principais benefícios no que toca ao
tipo de dieta que seguimos, por outro lado há que fazer um esforço maior por
interpretar os verdadeiros sinais do nosso corpo, resumindo-se tudo, no fundo,
a uma questão de consciência e boas práticas.
Quanto
às gerações mais novas, eu creio que as mesmas herdaram todo um conjunto de
ideais demasiadamente alusivas a um tipo de informação pouco criteriosa. Desde
logo foram fustigados pelo tempo extremamente curto que têm para almoçar, por
exemplo, tornando-se nas vítimas perfeitas num mundo em que o marketing se
tornará cada vez mais agressivo!
A publicidade alusiva a determinados produtos possuidores de um elevado número de calorias, bem como de um sem número de ingredientes jamais devidamente assimiláveis pelo nosso organismo, não incomodará os mais novos, já que consumir esses mesmos produtos espelhará sempre nos outros um certo estatuto social. Por isso, não será para admirar o número crescente de problemas de saúde que no passado se caracterizavam simplesmente por serem raros e difíceis de serem encontrados na força da juventude!
Por outras palavras, se a
esperança média de vida humana aumentou bruscamente nos últimos anos, também em
consequência do desenvolvimento da medicina, se calhar, daqui a alguns anos
estaremos a assistir a um nefasto retrocesso, não? E como atuar perante o
progressivo envelhecimento da população?
Sendo eu professora, logo
detentora de uma formação profissional ligada ao ramo da educação em Portugal,
sou da opinião de que nas nossas escolas se deveria começar por oferecer outro
tipo de produtos alimentares nos bufetes e nas máquinas de venda automática.
Isto é algo para o qual tenho sempre a preocupação e a moral suficiente para
alertar em ambiente de sala de aula, quanto aos correspondentes malefícios para
o que é praticado habitualmente.
Existe, sem dúvida, uma série de incongruências que
urgem ser combatidas, que é tanto mais grave quando se prefere pactuar com toda
esta situação, por simples conveniência!
Neste sentido, para todos os que gostam de cozinhar, ou que simplesmente sabem apreciar um bom prato de
comida, daqui vos lanço um desafio: o de continuarem a lista de definições
abaixo.
Cozinhar é:
- provar o sentido real das coisas
- reequilibrar a balança dos nossos direitos e deveres
- ter o dom de recriar a cada dia que passa os nossos sentidos e emoções
- ultrapassar os maiores medos e frustrações com a ajuda da varinha mágica
- deixar a cozer em lume brando os nossos maiores sonhos
- tornar os finais de dia bem mais interessantes
- ter o prazer de degustar o vinho mais doce
- ousar ser criativo, crente e mais belo
- experienciar uma nova mistura de especiarias
- ao mesmo tempo uma brincadeira suave de crianças e um prazer zeloso de adultos
- reviver a infância mais ténue
- tecer um singelo manto de aromas e texturas
- não ser obrigado a procurar um fastfood à beira da estrada
- contar a história da nossa aldeia
- sinónimo de diversão e confraternização
- um estilo de vida maior
- não ter preço nem pressa
- …
Para finalizar, clique abaixo para saber mais de...
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