Pois é, como o tempo passa...
O vídeo apresentado abaixo, realizado por mim há cerca de 2 anos, logo assinado
na altura ainda como MRKitchen, relata uma daquelas receitas
culinárias que sabe sempre tão bem, mmmm... seja a miúdos ou graúdos, não é
verdade?
Aliás, segundo reza a história, "ao
contrário do conhecimento popular e do fato ser considerada tipicamente
italiana, os babilônios, hebreus e egípcios já misturavam o
trigo e amido e a água para assar em fornos rústicos há mais de 5 000
anos. A massa era chamada de "pão de abraão", era muito parecida com
os pães árabes atuais e recebia o nome de piscea."
E partindo do princípio de que a "pizza é uma preparação culinária
que consiste em um disco de massa fermentada de farinha de trigo, coberto com
molho de tomate e os ingredientes variados que normalmente incluem algum tipo
de queijo, carnes preparadas ou defumadas e ervas, normalmente orégano ou
manjericão, tudo assa do forno", basta só depois fazer-se acompanhar
de uma boa salada a seu bel-prazer, a fim de degustar algo que ora pode ser
servido como prato principal, ora como lanche, nem mais!
Portanto, tudo "começou com
os egípcios. Acredita-se que eles foram os primeiros a
misturar farinha com água. Outros afirmam que os primeiros foram
os gregos, que faziam massas a base
de farinha de trigo, arroz ou grão-de-bico e
as assavam em tijolos quentes. A novidade foi parar na Etrúria,
na Itália."
E se não tem muito jeito para cozinhar, seja apenas
hábil no momento em que procura o tipo de cobertura que mais lhe apetece, ou
lhe convém quando abre a porta do seu frigorífico, uma vez que:
"Os fenícios, três séculos antes de Cristo, costumavam
acrescentar coberturas de carne e cebola ao pão; os turcos muçulmanos adotavam
esse costume durante a Idade Média e, por causa das cruzadas,
essa prática chegou à Itália pelo porto de Nápoles, sendo, em
seguida, incrementada, dando origem à pizza que conhecemos hoje. No
início de sua existência, somente as ervas regionais e o azeite de oliva,
comuns no cotidiano da região, eram os ingredientes típicos da pizza. Os
italianos foram os que acrescentaram o tomate, descoberto
na América e levado à Europa pelos
conquistadores espanhóis. Porém, nessa época, a pizza ainda não tinha
a sua forma característica, redonda, como a conhecemos hoje, mas sim dobrada ao
meio, feito um sanduíche ou um calzone."
Na verdade:
"A pizza era um alimento de pessoas humildes do sul
da Itália, quando, próximo do início do primeiro milênio, surgiu o
termo picea, na cidade de Nápoles, considerada o berço da pizza.
"Picea" indicava um disco de massa assada com ingredientes por cima.
Servida com ingredientes baratos, por ambulantes, a receita objetivava
"matar a fome", principalmente a da parte mais pobre da população.
Normalmente, a massa de pão recebia, como sua cobertura, toucinho, peixes
fritos e queijo."
Pode concluir-se então que a Pizza é
uma receita indiscutivelmente versátil, simples e bastante fácil de preparar,
para além de bastante económica, se quiser!
Por ElfQrin (Valerio Capello) - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, Ligação
Para saber mais:
"A verdadeira pizza napolitana
Em 1982, foi fundada, em Nápoles, na Itália,
por Antonio Pace, a Associação da Verdadeira Pizza Napolitana,
(Associazione Verace Pizza Napoletana, em italiano) com a missão de
promover a culinária e a tradição da pizza napolitana, defendendo,
até com certo purismo, a sua cultura, resguardando-a contra a
"miscigenação" cultural que sofre a sua receita. Com estatuto
preciso, normatiza as suas principais características.
A associação age fortemente na Itália para que a pizza napolitana
seja reconhecida pelo governo como "DOC" (di origine
controllata, Denominação de Origem Controlada em português).
Em 2004, um projecto de lei foi enviado ao parlamento, com o intuito de
regulamentar, por lei, as verdadeiras características
da pizza napolitana. O "DOC" é uma designação que regulamenta
produtos regionais, tais como os famosos vinhos portugueses.
Além disso, a pizza napolitana está, desde Dezembro de 2009,
protegida pela Comissão Europeia, junto com mais 44 produtos que têm o
selo de "Especialidade Tradicional Garantida" (Specialità
Tradizionale Garantita – STG).
Segundo a associação, a Verace Pizza Napolitana deve ser
confeccionada com farinha, fermento natural ou levedura de
cerveja, água e sal. A pizza deve ser, ainda,
trabalhada somente com as mãos ou por alguns misturadores devidamente aprovados
por um comitê da organização. Depois de descansar, a massa deve ser esticada
com as mãos, sem o uso de rolo ou equipamento mecânico. Na hora de assar,
a pizza deve ser colocada em forno a lenha (somente), a 485°C, sendo
que, sobre a superfície do forno, não deve ser colocado nenhum outro utensílio.
A variedade de coberturas é reconhecida pela organização, porém devem ter a
sua aprovação, estando em conformidade com as tradições napolitanas e não
contrastando com nenhuma regra gastronômica. Algumas coberturas são tidas como
tradicionais, sendo elas (respeitando seus nomes italianos):
- Marinara (Napolitana): tomate, azeite de oliva, orégano (orégão) e alho.
- Margherita: tomate, azeite de oliva, queijo mozzarella e manjericão.
- Ripieno (Calzone), uma pizza recheada: queijo ricota, queijo mozzarella especial, azeite de oliva e salame.
- Formaggio e Pomodoro: tomate, azeite de oliva e queijo parmesão ralado.
Quando degustada, a pizza deve apresentar-se macia, bem assada,
suave, elástica, fácil de ser dobrada pela metade. As bordas elevadas devem ser
douradas". O gosto da massa deve ser de pão bem fermentado, misturado ao
sabor ácido do tomate, aroma de alho, orégano, manjericão.
A pizza deve ser obrigatoriamente redonda, não podendo o seu diâmetro
ser maior do que trinta e cinco centímetros. Outra medida, a espessura no
centro do disco, não deve ser maior do que cinco milímetros, e a borda não pode
ser maior do que dois centímetros.“
(fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pizza)
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