Os oradores foram Drª Rosalia Vargas (Dir. Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva) e Virgílio Nogueiro Gomes (Gastrónomo e investigador em História da Alimentação).
Em primeiro lugar, o Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva está situado no Parque das Nações, no antigo recinto da Expo 98, em Lisboa, estando aberto ao público em geral de segunda a sexta-feira entre as 10h as 18h, enquanto que aos sábados e domingos é só entre as 11h e as 19h.
E apesar de já ter celebrado os seus vinte anos de
existência, o Pavilhão do
Conhecimento, donde Drª Rosalia
Vargas é a atual Presidente do
Ciência Viva é, sem dúvida, tal como está patente no correspondente site, “um dos locais preferidos dos turistas de todo o mundo”, sendo a Rede de Centros
constituída atualmente por 20 Centros Ciência Viva espalhados
por esse país fora!
Por exemplo, estará lá patente, até setembro de 2017, uma exposição
intitulada de “Bom apetite! A ciência está na mesa”, composta por mais de 30
módulos interativos que nos revelarão que comer
bem não é apenas uma questão de calorias ou quantidades.
Por
outro lado, este mesmo projeto nasceu com o objetivo principal de levar a
prática da experimentação científica até às escolas, sendo hoje uma referência
internacional bastante determinante e coerente, continuando a realizar toda uma
série de exposições e atividades no âmbito formativo e educacional!
A ciência pode ajudar mesmo a responder a diversas questões colocadas por cada um de nós, numa altura em que o critério “saúde” tem tendência a sobrepor-se ao do gosto e do prazer, sendo, por sua vez, um assunto indicado a toda a família!
Por isso, a adesão das escolas ao Ciência Viva tem sido sempre tão positiva e crescente ao longo dos
anos, influenciando, desde logo, milhares de crianças a prosseguirem áreas das
ciências e tecnologias, ao mesmo tempo que promove um maior sentido crítico e
uma cidadania cada vez mais ativa na camada mais jovem da sociedade portuguesa.
Já agora, na iniciativa “A cozinha é um laboratório”,
em vez de existirem os habituais tachos e panelas, bem como as colheres de pau,
existem os tubos de ensaio ou os agitadores magnéticos, onde a criatividade é o
ponto de partida essencial para a ciência
que faz crescer água na boca.
Como é tão importante criar nas nossas crianças uma «nova»
relação com os alimentos, não concordam?
E à alteração cada vez mais marcante ao nível das
condições climáticas por todo o globo terrestre, tem-se somado a extinção cada
vez mais vincada de alguns animais ou vegetais, logo todo o tema em torno da
alimentação, por sua vez intimamente ligado ao tema da nossa saúde, e quem sabe
até em torno da nossa própria sobrevivência humana num futuro mais ou menos
próximo, torna-se demasiadamente precioso!Importa, portanto, focar o seguinte: o alimento evolui com o tempo, tal como a nossa própria espécie humana!
O ciclo da vida de certos peixes, por exemplo, está a ser
amplamente alterado, no que diz respeito aos tempos próprios das ovulações ou
das migrações verificadas ao longo dos anos, devido à alteração da própria temperatura
das águas dos oceanos ou das correntes marítimas, entre outros aspetos.
Quantos de nós é que já entraram num restaurante, a fim de
degustar umas singelas “sardinhas assadas”, e nos arrependemos vivamente logo aquando
da primeira garfada?
Sublinhe-se, agora, o seguinte: é muito importante pensar na
sustentabilidade dos oceanos!
A via religiosa também poderá explicar certos costumes gastronómicos
ao longo dos tempos, como no caso do bacalhau, estando nós, os portugueses, localizados
na parte mais ocidental da Europa, sendo que Portugal é um país com mais de 800
anos de história, logo um dos mais antigos do mundo e composto por uma área
continental e 2 arquipélagos: Açores e Madeira.
A Gastronomia Portuguesa tem referências
mediterrânicas e atlânticas, tendo uma particular relevância em todas as suas tradições
regionais: bacalhau à brás,
caldeirada de peixe, pastéis de bacalhau, ameijoas à Bolhão Pato, sardinhas assadas,
polvo à lagareiro, etc. Por tudo isto, foi possível criar um catálogo, em estreita colaboração com diversas instituições científicas portuguesas, a partir do qual é possível obter-se uma listagem sã acerca dos peixes mais utilizados na gastronomia portuguesa, usando imagens de grande qualidade, mas também os que não estão em risco de extinção, logo igualmente mais sustentáveis e benéficos para a nossa saúde, para efeitos de consulta ao nível da restauração ou de pessoas comuns.
No meu entender, este mesmo livro intitulado de “As espécies mais populares do mar de
Portugal: num restaurante perto de si”, é uma mais valia para todos nós, a
partir do qual poderemos ficar a saber mais sobre porque é que o peixe é afinal
um dos elementos mais representativos da nossa costa continental, com cerca de
1230 km de comprimento!
E se existem espécies mais conhecidas, outras serão menos conhecidas,
ou consideradas, no momento, de mais gourmet,
podendo distinguir-se, no livro, as seguintes categorias: peixes, cefalópedes, bivalves e crustáceos.
Já na parte final do mesmo, pode ler-se ainda algo sobre uma breve descrição das artes de pesca representadas ao longo das páginas anteriores, contendo até traduções em várias línguas.
Já na parte final do mesmo, pode ler-se ainda algo sobre uma breve descrição das artes de pesca representadas ao longo das páginas anteriores, contendo até traduções em várias línguas.
Sem comentários:
Enviar um comentário