segunda-feira, 3 de julho de 2017

GOSTO versus NÃO GOSTO

Não gosto de acordar ao som horripilante do despertador, mas gosto, assim que me levanto, de abrir logo a janela do meu quarto, para deixar entrar a luz do sol, pois é assim que eu desperto! 

Ai como eu gosto de ouvir o assobio dos pássaros, faz-me imaginar voar mais alto, por entre montanhas e vales encantados, sem quaisquer medos ou preconceitos, faz-me sentir livre!




Mas não gosto nada, detesto mesmo, sentir o cheiro daquele cigarro, quase tóxico, quando um dos vizinhos, do meu prédio, se aproxima da varanda para fumar. Por isso, olho para o meu relógio, sempre colocado no pulso esquerdo, e… decido sair! 

E como nos encontramos em pleno mês de julho, dirijo-me até a uma das praias mais próximas e concorridas por quem mora por LisboaCarcavelos.


Ai como eu gosto de caminhar descalça pela areia ainda molhada, até parece que me fazem cócegas nos pés! 
Afinal, ainda é cedo... por isso é que só algumas pessoas arriscam a dar um mergulho, apesar da quase inexistência de ondas.
Gosto de sentir a maresia em cada face do meu rosto, que a água deste enorme manto azul rejuvenesce-me…

Era como se, por ironia do destino, a minha querida Pantufa estivesse aqui comigo outra vez... isso é que era correr e saltar de todas as formas e feitios, perante quaisquer gaivotas que tentassem aproximar-se! 
Minha pobre caniche, anã de raça pura, de pêlo branco e encaracolado, sempre muito ativa e fiel à sua dona, mas também muito sensível e ciumenta, para além de ser bastante inteligente...


Já agora, não gosto de ver ninguém a deitar lixo para o chão, sem qualquer vergonha ou tipo de arrependimento, considerando eu isso uma enorme falta de respeito e de civismo para com o que é de todos, não acham? 

Mais tarde, sento-me numa esplanada e tomo o meu café matinal. São servidos?





Gosto de ler, gosto de escrever, escrevo muito, muito até, inspirando-me na calma das horas vagas, ora observando os outros, ora interpelando os meus próprios sentidos. Afinal, quem sou eu e para onde vou: uma questão deveras existencial!

Aliás, não gosto nada de viver à pressa, embalsamada pelo tempo e pelo espaço que nos rodeia, rodando sem parar, centrada sobre mim mesma, ou então sobre um eixo que nos atrai violentamente contra os próprios precipícios dos outros! 

O que nos salva é o amor... ele interrompe-nos nas horas mais solitárias, tocando-nos no ombro só para dizer que está tudo bem, ou seja: um autêntico removedor de manchas de café, tal como esta que me apareceu agora, ops!



Foto de Cozinha mais.

                      

Professora, dona de casa, blogueira, apaixonada pela cozinha, ansiosa por conhecer novos caminhos 
e que acredita no amor pela vida e pelos outros.

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